segunda-feira, 26 de março de 2012

Engarrafamento hoje para um trânsito melhor amanhã

Por Filipe de Paiva

Desafogar o trânsito, oferecer novos caminhos, integrar a cidade. São muitas as promessas da BRT (Bus Rapid Transit) Transcarioca, mas enquanto ela não fica pronta, os cariocas sofrem com engarrafamento e barulho nos locais onde as obras estão sendo realizadas. Um dos pontos mais importantes para a nova via é o Campinho, onde está sendo construído um dos mergulhões do projeto.
 
A opção por fazer o caminho no subterrâneo é para não interferir no tráfego da superfície, já naturalmente complicado. “Aqui é um local de passagem, não são apenas os moradores que trafegam. É um cruzamento que engarrafa todos os dias. E a gente não podia deixar o BRT parado nesse gargalo”, disse o engenheiro Eduardo Fagundes, gerente de obras de vias especiais da Prefeitura, em entrevista ao  Cidade Olímpica.

Mas se o trecho já enfrenta problemas por si só, as obras – ainda que para um benefício futuro – dificultam ainda mais a situação. “Tem dias que levo cerca de uma hora para passar daquele pedaço”, diz Paula Mello, que vai de Madureira para a Barra todos os dias. E se o estresse atinge quem está só de passagem, ele é ainda maior para os moradores da região. “O barulho tem me dado muita dor de cabeça e a poeira piorou minha alergia, além de tornar quase impossível manter a casa limpa”, conta Fernanda Breder, que mora em uma rua próxima à obra. “Também há explosões programadas. Eles fecham a rua, soam um alarme e disparam os explosivos. Parece um cenário de guerra”, completa.

Confira, no vídeo abaixo, o andamento das obras no Campinho.

 


A Transcarioca será um corredor de ônibus que ligará o terminal Alvorada, na Barra, ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, passando pela Penha. Com 39 km e 45 estações, espera-se que a via beneficie cerca de 400 mil passageiros diariamente. O trajeto terá três terminais, três mergulhões, 10 viadutos e nove pontes, sendo duas estaiadas (suspensas por cabos). O gasto total ultrapassa 1 bilhão de reais. O funcionamento do corredor está previsto para 2014, visando mais facilidade de mobilidade pela cidade durante a Copa.

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