domingo, 27 de maio de 2012

Vacinação contra a raiva animal começa neste sábado no Rio de Janeiro


Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro inicia campanha contra a doença e irá imunizar gratuitamente cães e gatos da cidade

Por Jessica Silva da Gama

Foto: Banco de Imagens SXC.hu

Iniciada neste sábado (26/05), a campanha de vacinação contra a raiva animal “Rio Sem Raiva 2012” irá imunizar cães e gatos em toda cidade. A iniciativa promovida pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) tem como objetivo manter o controle da raiva animal e acontece em cinco etapas, para atender a todos os bairros do Rio. As etapas seguintes acontecerão nos dias 30 de junho, 21 de julho, 25 de agosto e 22 de setembro. Acesse aqui o calendário de vacinação.

A primeira etapa, realizada neste sábado, aconteceu nos bairros de Paciência, Santa Cruz, Sepetiba, Manguariba, Palmares, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba. Em cerca de 50 pontos de vacinação da região foram vacinados aproximadamente 80 mil cães e gatos só neste fim de semana. Os locais de vacinação das próximas etapas irão funcionar das 8h às 17h. Em caso de dúvidas, os donos de animais devem ligar para a Central de Atendimento da Prefeitura que disponibilizou o telefone 1746 para mais informações. 

Foto: Banco de Imagens SXC.hu
Na hora de levar o animal de estimação para vacinar, é preciso tomar algumas cuidados. Os cães devem estar com coleira e guia, já os gatos devem ser transportados em sacolas de pano ou em gaiolas apropriadas. Animais que possuem temperamento agressivo devem usar focinheira. 

Para ter qualquer animal doméstico é importante cuidar de sua saúde. Por isso os donos devem estar sempre atentos à carteira de vacinação de seus animais de estimação. Cães, gatos e morcegos são os principais transmissores da raiva, que compromete o sistema nervoso do homem quando contaminado, e é fatal em quase 100% dos casos que evoluem para a manifestação dos sintomas. 


Foto: Banco de Imagens SXC.hu


O que é a raiva

A raiva é uma doença provocada por vírus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais e seres humanos. Transmitida por cão, gato, rato, bovino, eqüino, suíno, macaco, morcego e animais silvestres, através da mordida ou contato com a mucosa ou pele lesionada por animais raivosos.


A raiva pode apresentar vários sinais clínicos, tornando-se difícil de diferenciar de outras síndromes nervosas agudas progressivas. Os sinais podem incluir alterações de comportamento, depressão, demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), incordenação muscular, mordidas no ar, salivação excessiva, dificuldade para engolir devido à paralisia da mandíbula, déficit múltiplo de nervos cranianos, ataxia e peresia dos membros posteriores progredindo para paralisia.

Neste estágio o animal para de comer e beber. O estágio paralítico pode durar de um a dois dias, seguido de morte por parada respiratória. O período de incubação, a partir da mordida até o início dos sinais clínicos é variável e pode ser de duas semanas a seis meses. Mas a partir do momento em os sinais neurológicos sejam observados, a doença se desenvolve progressivamente e na maioria dos casos, a morte do animal ocorre dentro de sete dias.

No homem, o vírus da raiva é contraído através do contato com a saliva do animal enfermo. Isto quer dizer que, para ser contaminado não é preciso necessariamente ter sido mordido pelo animal. A doença pode ser adquirida através de um corte, ferida, arranhão profundo ou queimadura na pele em contato com a saliva do animal raivoso. Independente da forma de contaminação o vírus se dirige sempre para o sistema nervoso central e é fatal, não existindo a possibilidade de cura.


Como evitar

Para evitar a transmissão da raiva é importante vacinar os animais todos os anos, a partir dos 4 meses de idade. Também é importante manter o animal de estimação no domicílio para que ele não tenha contato com animais de rua não vacinados, que são os principais transmissores da raiva em área urbana. Outros métodos de prevenção também devem se adotados como usar coleira/guia no cão, ao sair para o passeio. Evitar tocar em animais estranhos que aparentem estar feridos e doentes, e jamais separar animais que estejam brigando. 

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