Por Cristiane Alves
Fotos: Fotolia |
A expectativa de vida do brasileiro melhorou muito nas últimas décadas, hoje o homem vive em média 69,7 anos, e a mulher, 77,3 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas quando o assunto são os dentes, o quadro continua desalentador: cerca de 40 milhões de brasileiros não têm mais os dentes, uma em cada cinco pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.
Mas quais as causas dessa lamentável realidade? Por que, em pleno século XXI, com toda sorte de técnicas odontológicas, pastas e escovas de dentes cada vez mais avançadas, campanhas do governo e maior acesso a tratamentos dentários graças aos pagamentos parcelados, boa parte da população continua com a saúde bucal tão precária?
Uma das principais causas seria o hábito enraizado de só procurar o dentista diante de algum problema dentário, principalmente se for acompanhado de dor. O que é um costume totalmente equivocado; a recomendação é que se faça uma avaliação dos dentes pelo menos uma vez por ano.
A cirurgiã dentista Carla Olivetto, pós-graduanda em ortodontia pelo Instituto de Odontologia Multidisciplinar (IOM), afirma que a saúde bucal no Brasil ainda está longe de ser boa, comparando-se com outros países. “Embora já existam diversos programas para prevenção e estimulação da saúde bucal, infelizmente ainda são precárias as informações e a prevenção no que se refere a doenças da bocas”, lamenta.
A cirurgiã dentista ressalta que o péssimo estado de conservação dos dentes dos idosos de hoje é o resultado das gerações de desinformados. “Nos países mais desenvolvidos, o índice de pacientes desdentados vem caindo sistematicamente a cada década. No Brasil, onde não há este suporte efetivo do Estado, são necessários programas preventivos constantes, com apoio da indústria e dos dentistas e mantidos pelo governo, paras termos uma condição bucal melhor e aproximada dos países mais avançados”, destaca Carla Olivetto.
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