Se ela surfa, eu surfo!

Pegar onda acompanhado traz novas sensações a casais apaixonados

Por Thalita Gois

Ele tem 27 anos e é um carioca nato. Morador da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Fabiano Dias não perde a oportunidade de amanhecer na praia para encarar as ondas do bairro onde mora. Já Lavínia Andrade, de 24 anos, apesar de ter sido criada longe do mar, desde muito cedo emitia sinais sobre sua relação de amor com a prancha.  Eles se conheceram na praia da Macumba, em plena terça-feira, enquanto deveriam estar trabalhando, e, desde então, não sabem mais o que é surfar sem alguém por perto.

Foto: Yuiri Arcurs

Seis da manhã: enquanto a maioria dos casais ainda aproveita para descansar no início de domingo, Lavínia e Fabiano se preparam para aproveitar as ondas.  “Nada melhor que aplicar o protetor solar em quem você ama. Entre um carinho e outro, sempre rola um beijo para brindar mais um dia na praia. É completo”, ressalta a estudante de psicologia.

Pranchas a postos chegou a hora de escolher o destino para a aventura do dia. “Já chegamos a ir até Saquarema e voltar no mesmo dia. Assim como o relacionamento, o esporte também requer desafios e novidades”, destaca o empresário Fabiano. E admirar as façanhas da namorada em cima de uma prancha é motivo de orgulho: “É um desenho inacreditável: natureza, o mar e ela lá, encarando tudo o que vem pela frente. É uma sensação deliciosa”, completa o rapaz.

Com ela não é diferente. Juliana explica que observar o namorado de longe é tão gostoso praticar o esporte: “Eu sento na areia e fico lá, aprendendo. Ele surfa desde os oito anos de idade... Nasceu no mar, praticamente. Eu comecei a me interessar com 16 anos e ainda tenho uma longa estrada... Mas tenho a sorte de ter um professor particular disponível sempre que precisar”.